Vontade de Poder
Schopenhauer, na sua obra O Mundo Como Vontade e Como Representação, descreve a natureza mais íntima do mundo como um impulso obstinado, um ímpeto cego, uma dinâmica sem objectivo nem razão – aquilo que, por fim, denomina (paradoxalmente) de “vontade”, desprovida de qualquer referência a valores, à acção humana, à razão: remete apenas para um “querer viver” absurdo.
Nietzsche, influenciado por Schopenhauer, também concebe o “estar no mundo” como “vontade”.
Todas as manifestações – naturais, animais, humanas – devem, segundo Nietzsche, ser compreendidas como manifestações de uma “vontade de poder” fundamental. Esta "vontade de poder" deixa-se descrever segundo diversos modelos:
- como o jogo puro de uma força que não encontra outra finalidade que não a sua própria afirmação;
- como uma vontade artística que esculpe formas;
- ou como um processo de domínio que subjuga aquilo que lhe é inferior.
O conceito de "vontade de poder" de Nietzsche é niilista.
- Ver: super-homem.
Editado por (OBraga)