Valores

Valores são qualidades potenciais que um sujeito atribui a um determinado objecto, acontecimento ou acção resultantes das suas preferências. Os valores resultam da relação estabelecida entre os indivíduos e os objectos. Referem-se aos símbolos que um indivíduo ou uma cultura reconhecem como ideais.

" O que são valores? Dizemos que os valores não existem por si mesmos1: necessitam de um depositário sobre o qual descansam. Aparecem-nos, portanto, como meras qualidades desses depositários: beleza de um quadro, elegância de um vestido, utilidade de uma ferramenta. Se observarmos o vestido, o quadro ou a ferramenta, veremos que a qualidade valorativa é distinta das outras qualidades.
Nos objectos mencionados há algumas qualidades que parecem essenciais para a própria existência dos objectos, por exemplo, a extensão. Mas o valor não confere nem agrega ser, pois a pedra existia plenamente antes de ser talhada, antes de se transformar num bem."

FRONDIZI, Que son los valores? (O que são os valores?), México, Fondo de Cultura Económica

" Que há valores, não pode ser negado. A verdade é que nós tomamos contacto com as coisas não só pensando-as, como valorando-as. Atribuímos na vida valor a muitas coisas, como por exemplo, à saúde, ao dinheiro, etc., e a essas coisas, assim valoradas, chamamos valores."

HESSEN, Johannes, Filosofia dos Valores, Coimbra, Arménio Amado Editor

Podemos organizar os valores em categorias: Valores materiais e Valores espirituais .

Os valores possuem determinadas características:Polaridade,Hierarquia, Historicidade/ Perenidade e Absolutividade/ Relatividade.

Concepções acerca da natureza dos valores: Objectivismo axiológico e Subjectivismo axiológico.

Editado por Alda Martins



“O que são valores? Dizemos que os valores não existem por si mesmos: necessitam de um depositário sobre o qual descansam.

Aparecem-nos, portanto, como meras qualidades desses depositários: beleza de um quadro, elegância de um vestido, utilidade de uma ferramenta. Se observarmos o vestido, o quadro ou a ferramenta, veremos que a qualidade valorativa é distinta das outras qualidades.”

Esta é uma forma utilitarista e relativista de ver os valores, quando se diz que “os valores não existem por si mesmos”. Por exemplo, a beleza de um quadro tem um valor em si mesma, ou a justiça tem um valor em si mesma e não depende de uma qualquer utilidade.

O filósofo do realismo fenomenológico Nicolau Hartmann descobriu uma teoria segundo a qual “os valores possuem uma existência em si”, o que significa “a independência do facto de o sujeito os considerar como tal ― nada mais e nada menos” (in “Ética”).

Tal como existe o axioma segundo o qual “o círculo tem um centro”, assim também existe sempre e é sempre verdadeiro, numa dimensão espiritual ― independentemente de o ser humano o reconhecer ou não ―, o valor da honestidade ou da fidelidade (por exemplo); estes valores existem igualmente numa dimensão do “ideal”, independentemente do seu conhecimento ou da sua aplicação moral.

A ler:

Editado por (OBraga)

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