- Etimologia: do latim utilitas, "utilidade", "vantagem"
- Filosofia: doutrina representada nomeadamente pelos britânicos David Hume, Jeremy Bentham e John Stuart Mill, que se fundamenta na ideia de que o objectivo da sociedade deve ser o "maior bem-estar do maior número", ou seja, a soma dos prazeres de cada indivíduo.
O Utilitarismo faz da “utilidade” o único critério da moralidade: uma acção só é boa na medida em que contribui para o bem-estar do "maior número" de indivíduos.
O Utilitarismo diferencia-se do Pragmatismo apenas porque este não aceita a identificação do útil, por um lado, com o verdadeiro, por outro lado.
- O Objectivismo de Ayn Rand e o Naturalismo são formas modernas de Utilitarismo. Ver hedonismo, epicurismo, marginalismo, neoliberalismo, filistinismo.
A contradição do utilitarismo
Toda a doutrina utilitarista encontra-se condicionada por duas proposições antitéticas ou contraditórias entre si:
- uma proposição positiva, que diz que os homens devem ser considerados como indivíduos egoístas, calculadores e racionais, e que tudo deve ser pensado e elaborado a partir do seu ponto de vista;
- e uma proposição normativa, que afirma que os interesses dos indivíduos, a começar pelo meu próprio, devem ser subordinados e mesmo sacrificados à felicidade geral ou do "maior número".
Ou ainda: todo o utilitarismo mistura, em proporções infinitamente variáveis e dependente apenas da discricionariedade política das elites da sociedade, uma axiomática do interesse e uma axiomática sacrificialista, que é simultaneamente um encantamento pelo egoísmo e uma apologia do altruísmo, e tentativa de reconciliar um ponto de vista ferozmente individualista e uma vertente globalizada e holista.
(em actualização)
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