Transcendência

A imanência é delimitada pelo espaço-tempo.

No tempo, temos a imanência do passado e do futuro — são imanentes por definição: estão presentes, são permanentes, não desaparecem totalmente.

No espaço, temos a Tábua de Esmeralda dos alquimistas que concebia o micro e macrocosmos, e a função de onda da física quântica que estabelece o limite conhecido da matéria [que ocupa espaço mediante a sua massa formada pela força entrópica da gravidade].

Portanto, tudo o que está no espaço e no tempo, ou no espaço-tempo, é imanente ao sujeito. Assim, é relativamente fácil ao ser humano conceber a imanência: o problema é a concepção da transcendência.

Se a imanência é o espaço-tempo, e se o espaço-tempo teve um início com o Big Bang há cerca de 13,7 mil milhões de anos-luz, a transcendência repousa, não no espaço-tempo, mas na ausência dele — porque se é verdade que o universo teve um início e, por isso, é finito, terá que haver, na Realidade, uma causa desse início. E essa causa, qualquer que seja, é a condição da transcendência.

A transcendência é a realidade logicamente dedutível da existência do espaço-tempo: (∀x) A(x) → (∃x) A(x) [implicação existencial].

Editado por (OBraga)

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