Sensibilidade
Capacidade comum dos seres vivos de receber do exterior estímulos e de responder a esses estímulos através de uma reacção orgânica apropriada.
Kant distingue dois elementos na “sensibilidade”:
- a matéria: conteúdo ou sensação, isto é, o conjunto de impressões heterogéneas que o sujeito recebe passivamente do exterior;
- a forma: o espaço e o tempo como formas a priori da sensibilidade, isto é, estruturas através das quais o sujeito representa o que é dado aos órgãos dos sentidos.
A sensibilidade torna-se então “a receptividade do sujeito através da qual é possível que o seu estado representativo seja afectado de uma certa maneira pela presença de um objecto”.
Desta forma, a sensibilidade é a condição de possibilidade do exercício do entendimento e, ao fornecer a matéria à qual o entendimento vai poder aplicar-se, a sensibilidade constitui — juntamente com o entendimento — as duas fontes irredutíveis do conhecimento humano.
O papel da sensibilidade é o de permitir ao sujeito de se referir a algo existente fora dele.
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