Inato/Adquirido

Inato/Adquirido

É inato o que pertence à natureza de um ser – aquilo que ele dispõe desde o nascimento –, por oposição ao carácter que é adquirido depois do nascimento.

A questão de saber quais são, no ser humano, as partes respectivas do inato e do adquirido, dividiu os filósofos desde o século XVII: Locke, Leibniz, e a maior parte dos filósofos do século XVIII opuseram-se a Descartes que afirmava que Deus imprimiu verdades eternas no espírito do ser humano.

Com o desenvolvimento da biologia e da genética no fim do século XIX, e depois com o interesse mostrado pelos etnólogos em relação à diversidade das sociedades humanas e das culturas, o problema ressurgiu sob outra forma: ¿pode-se falar de uma “natureza humana”?, ou então ¿o que há de inato no ser humano é inteiramente transformado pela educação e pela cultura?1

O inato e o adquirido parecem estar estreitamente interdependentes: procurar medir as partes respectivas de um e de outro não faz qualquer sentido.


Editado por (OBraga)

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