Convencionalismo

Convencionalismo

  • Em filosofia política, é toda a concepção que faz do conjunto das instituições, costumes e práticas humanas como sendo resultado de puras convenções culturais, e não da Natureza1.
  • Em filosofia das ciências ou epistemologia, é a teoria segundo a qual a ciência não pode atingir uma realidade exterior e objectiva, ou seja, independente do espírito humano.

O convencionalismo foi uma corrente filosófica defendida por alguns sofistas gregos do século V a.C., como por exemplo Protágoras e Górgias: a ordem política2 é produto de uma espécie de contrato social; as leis, votadas democraticamente, são convencionais; a linguagem e a verdade são também resultado de convenções3 .

No sentido epistemológico, o convencionalismo foi desenvolvido em finais do século XIX por Pierre Duhem e Henri Poincaré, para os quais uma teoria científica é apenas uma forma de ordenar as premissas observáveis para formular prognósticos4. E entre duas teorias rivais, igualmente compatíveis com as premissas e permitindo os mesmos prognósticos, não faz sentido dizer que uma é "realmente" ou "objectivamente" mais verdadeira que a outra – e o único critério pertinente de escolha entre as duas teorias será a comodidade ou a simplicidade da teoria5

O convencionalismo opõe-se ao realismo.

Ver: cientismo, positivismo, verificação, demonstração, teoria, prova, conhecimento.

Editado por (OBraga)

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