Representação mental abstracta e universal que sintetiza as características essenciais de um conjunto ou classe de objectos ou de seres. A sua expressão verbal é o termo.
Editado por Alda Martins
Adenda: por (OBraga)
O conceito é, em princípio, o produto da abstracção e da generalização a partir de imagens ou de objectos particulares. Esta ideia foi traduzida pelo físico Niels Bohr da seguinte forma:
“O sentido de um conceito só é definido por meio de uma experiência concreta. Os conceitos não têm sentido no absoluto; a sua definição é apenas operacional.”
Contudo, Kant separou o conceito unitário e categorial, mas fundado na experiência da intuição e que seria sempre singular, por um lado, da ideia ou conceito a priori, ou seja, não fundado na experiência, por outro lado.
E no seguimento de Kant, Hegel escreveu:
«Segundo este cepticismo muito moderno, a faculdade humana do conhecimento é uma coisa que contém conceitos, e já que ela não tem senão conceitos, não pode atingir as coisas que estão fora.
(…)
Nenhum ser racional iria imaginar que pelo facto de “possuir” a ideia de uma coisa, ele possui igualmente essa coisa. Portanto, este cepticismo não é bastante consequente para mostrar, ao mesmo tempo, que nenhum ser racional não deva imaginar que possui uma ideia.
Com efeito, a ideia é também qualquer coisa; portanto, o ser racional não pode ter senão a ideia da ideia, e não a própria ideia; nem mesmo a ideia da ideia, porque esta ideia na segunda potência seria, portanto, a ideia da ideia, até ao infinito.»
Karl Popper separou a realidade em três: o Mundo 1, o Mundo 2, e o Mundo 3. O Mundo 3, segundo Karl Popper, é o mundo das ideias que existem independentemente de o ser humano as descobrir ou não.
- Ver noção, nominalismo,universais