Alienação

Alienação

Noção fundamental da filosofia hegeliana1. A alienação2 é o estado “separado” da consciência, a sua “infelicidade”, a sua “dilaceração” no que tem de mais intelectual. A consciência encontra-se, de repente, separada da sua essência, que lhe é estranha: essa “estranheza” e esse “espoliamento” incita-a, a partir da verificação da existência ambígua da exterioridade3, a “reconquistar-se”.

Para Hegel, o fim da História4 é caracterizado pelo triunfo do pensamento, o qual, tendo percorrido todo o círculo da sua alienação5, se identifica com o espírito absoluto.6

Para Hegel, o processo de alienação e da sua destruição é um processo “vivido”7, mas é também um processo descritivo8 que conduz a uma reconciliação do pensamento consigo mesmo e com toda a exterioridade9.


No existencialismo materialista10, a alienação é o estado “fundamental” da consciência na medida em que descobre a sua facticidade. A existência precede a essência11 e torna-a mesmo ilusória ou impossível: a consciência absurda anda irrevogavelmente na perseguição de si mesma12.



Editado por (OBraga)

Unless otherwise stated, the content of this page is licensed under Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 License