Absoluto


Etimologia: do latim absolutus, "separado", "acabado"
Significado comum: caracteriza, nas suas expressões como "poder absoluto", "amor absoluto" uma realidade transportada ao seu mais alto grau e não comportando nenhuma restrição.


O Absoluto opõe-se, em primeiro lugar, ao relativo. Nesse sentido, é absoluto aquilo que depende (para existir, ser verdadeiro…) apenas de si e nada mais além de si. Por exemplo, um enunciado como "está bom tempo" não é uma verdade absoluta, porque a sua verdade depende de condições atmosféricas precisas; ou ainda: um ser vivo não é absoluto porque a sua subsistência depende de condições exteriores (o ar, a água, os alimentos…]. O absoluto remete assim para uma forma extrema de independência e de auto-suficiência.

Na ordem do Ser, o absoluto qualifica uma realidade primeira que é o fundamento e a fonte de todas as coisas mas que não existe ela mesma senão pela sua virtude (Deus). Mas imediatamente se levanta o problema da acessibilidade dessas realidades ou conhecimentos absolutos : poderá o Homem esperar aceder a um estado de auto-suficiência completo? Por outro lado, poderá esperar conhecer as verdades primeiras que permitem compreender a totalidade daquilo que ele é?

A questão de saber se o absoluto remete para uma simples exigência da razão (Kant) sem jamais poder encontrar uma realização concreta (a justiça absoluta é apenas um valor para o qual se deve tender mas que não designará jamais senão um ideal), ou se a história dos homens não constitui a realização progressiva desse absoluto (Hegel).

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